ONDE

Nossos assuntos estão tão fora de ordem, tão bagunçados que tentamos resolver algumas coisas, com a ferramenta ideal para outras. Sabe aquilo do " Tome este remédio para dor de cabeça, porque eu tomei para dor de barriga e foi ótimo".
Falando em papeis que desempenhamos, quero ser Mãe com colegas de trabalho, quero administrar tecnicamente as emoções daqueles com quem convivo, quero ser amada por prestadores de serviços, quero fazer parte da panelinha de adolescente de um curso qualquer, tenho sede de aprender e não sacio, pois não sei como nem onde.
E pelo  visto estas emoções e misturas não atingem apenas a mim, uma simples mortal. Mauritus Cornelis Escher, autor da obra ao lado, que dedicou seu viver às artes gráficas, também parecia perceber que estamos interligados, tudo parece ter conexão e que num primeiro olhar enxergamos apenas um ponto de vista, um único jeito de fazer, depois, aprofundando os olhos, pedindo os óculos de alguém emprestado, nosso campo de percepção se abre e começa ai, nossa jornada para as infinitas possibilidades.
O holandês Escher, nasceu em1898 e desencarnou em 1970, quando eu chegava ao mundo. Curioso ver que começo a pensar hoje em algo que para este mundo já é velho.