SÓ PORQUE MEU VÔ MORREU

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quarta-feira, 28 de março de 2018

ESTRELAS CADENTES

Quando eu era criança , uma das coisas que mais gostava de fazer, sem a menor sombra de dúvidas, era olhar o céu a noite e observar as estrelas, quieta na minha cama, enquanto todos dormiam, abria uma fresta da janela, com todo cuidado, para não despertar alguém da casa, pois, se isso acontecesse, eu perderia meu momento único. Era uma hora de plenitude. Não precisava explicar, conversar, mostrar, justificar nada. Éramos apenas eu e o universo. Sem hora pré estabelecida para iniciar ou encerrar. Apenas viver.
A vida passou, já faz um bom tempo que não sou criança, porém o hábito de olhar o céu e  contemplar as estrelas sempre me acompanharam. Tanto que uma das minhas músicas de predileção é Outras Moradas composta por César Tucci.
Hoje, sentando para refletir sobre tantos acontecimentos, vejo que mudei muito, muito mesmo, mas o hábito de olhar as estrelas em silêncio, quando ninguém está por perto ainda existe em mim. De ficar invisível para as gentes e todas as coisas desse mundo e me transportar para algum lugar que não tenho a menor ideia de onde seja ou do que por lá esteja acontecendo. A única certeza é de que ali tudo parece ser bom.
Daí uma estrela cadente passa e me concede um pedido, e digo "me conte mais sobre esse lugar do qual nada sei, mas que amo desde que me entendo gente e o contemplo todos os dias  da minha vida". Tenho certeza que um dia ela vai me dizer.
Uma excelente quarta-feira para todos nós.


terça-feira, 13 de março de 2018

PONTO DE PARTIDA


Quando as coisas não estão indo muito bem é natural buscarmos primeiro uma solução e quando essa não depende de nós, uma mudança.E nessa busca começamos sempre por um ponto de partida.
Porém o ponto de partida do novo, daquilo que almejamos, fica exatamente no ponto final daquilo que está nos entristecendo.
Então o ponto de partida ele não tem muitos elementos para trabalharmos, pois ele é baseado naquilo que não queremos mais, mas o que não queremos mais, está transbordando em nós. E é perigoso, pois ele está cheio daquilo que não está nos fazendo bem. E se não formos atentos, vamos começar a nova estrada, levando com a gente um peso que não necessitamos mais.
Então, nessa minha reflexão, sobre meus pontos de chegada e de partida, aprendi que não podemos ter tudo. E que por mais que pareça ruim e dolorido deixar o que amamos para trás, às vezes faz parte do ponto de partida. E seguramente vamos encontrar e construir algo ainda melhor, somos capazes dessa construção, pois tudo o que somos nos trouxe até aqui.
Então no ponto de partida além das expectativas de uma vida melhor, mais leve, feliz, com verdade, trabalho, realização, bondade, sim bondade, no mundo não existem apenas pessoas com distúrbios afetivos, existem pessoas que amam e são capazes de viver a plenitude do ser, não pessoas perfeitas, mas pessoas íntegras que se ocupam de si auxiliando o próximo, os maus fazem muito barulho, são audaciosos, mas eles não podem vencer por fazer alarde e nem pela ostensiva de seus atos, nesse ponto de partida está conectado o deixar para trás aquilo que não está dando muito certo e que acreditamos por um tempo ser o melhor de nossas vidas.
No ponto de partida existem expectativas, mas precisa haver desapego, senão, não saímos do lugar, por mais que sejam dadas incontáveis largadas, ainda nos prendemos naquilo que não está nos fazendo bem.
Um excelente dia para todos nós