SÓ PORQUE MEU VÔ MORREU

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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

IARA KIMI - QUEM SOU EU?

Eu como você costumo ignorar uma porrada de perguntas que não sei responder, por exemplo: Porque o céu é azul? Porque precisamos de vitamina D? Quem veio primeiro o ovo ou a galinha? Peixe dorme? E os namoradinhos? Sabe, esses tipos de perguntas que simplesmente tenho preguiça de pensar, junto com esse amarfanhado de pergunta tem uma pergunta que até alguns dias atrás tinha preguiça de pensar, era a típica pergunta que nossa mente mesmo nos pergunta. “Quem eu sou?” Eu fugia (e talvez ainda hoje fuja) dessa pergunta, porque odeio a ideia de responder o básico, eu nunca fui básica, a parada aqui sempre foi intensidade pura, complexidade e não pense você que isso é um elogio para meu ego, pois não é. Me explicar para os outros sempre foi uma tarefa complicada, porque eu me olhava no espelho e não sabia também ao certo me explicar. Então era mais simples deixar para lá, e quando alguém me perguntava, eu já mandava um “descubra”, claro que muitas vezes eu só ignorava a pergunta e já partia para própria, eu adoro pular etapas, por mais que eu saiba que irá me prejudicar futuramente. O questionamento de “quem sou” é incrivelmente desconfortável, demora uma eternidade para você entender que já é adulto e o que isso significa, imagina o quanto vai demorar a consegui colocar em palavras quem eu sou? Ok, talvez você que esteja lendo esteja achando um papo furado tudo isso, porque você realmente sabe quem você é, sabe das suas capacidades e defeitos, ótimo para você, afinal, o básico você já sabe, mas chega aqui mais perto, me responde quem é você quando ninguém está olhando? Me responde quem você gostaria de ser se não houvesse preconceitos? São essas filosofias em forma de questões que complicam a vida de quem é intenso por natureza (com certeza a grande maioria por aqui). Eu não consigo mentir por muito tempo quem eu sou, eu sou exagerada no riso e maluca no choro, e não faço a mínima ideia se terei a mesma profissão daqui a cinco anos, um leve exemplo, em 23 anos de vida eu já mudei pelo menos umas oito vezes de profissão, eu larguei duas faculdades e algumas cursos por aí, é com certeza eu parecia uma total perdida para você agora, tudo bem eu sei que sou perdida, e aí que vem a grande graça da vida. Percebi esses dias que a grande sacada da vida é você ser quem você quiser de verdade e de coração, por mais que eu não faça ideia que carreia seguir, eu sempre terei minha essência e essa essência sempre será quem eu sou, por mais que o mundo dê seus giros doidos, eu sempre vou ter minhas características principais e toda luz que envolve meu ser. Eu sei quem sou na prática e a teoria a gente deixa assim mesmo, confusa, divertida e complexa de se entender. O importante da vida é você ter em seu coração algumas verdades, ser leal com você mesmo. Fica claro para mim que nunca saberei quem realmente sou, uma vez que estou em constante mudança e evolução, eu posso acordar amanhã e não querer ser mais escritora, só vai me restar mudar, correr atrás de mim mesma de novo e de novo, mas eu sempre terei meu coração bobinho, é minha essência e isso eu sei que não consigo mudar. Somos nossos corações, demora a compreender, mas com o tempo a gente pega o jeito. Para finalizar queria indicar um filme, assistam KungFu Panda 3, esse papo todo desse texto surgiu depois de ver esse filme. Obrigada Andréia pela indicação.
Iara Kimi -  colunista do Caderno
www.fragmentosintensos.wix/oldkimi

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